Na equipe de intérpretes dos Jogos Olímpicos Rio 2016

Trabalhar como intérprete nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi uma experiência muito interessante e gratificante. Para começar, adorei trabalhar com alguns colegas do RJ com quem nunca tinha trabalhado antes e também foi interessante o trabalho em si, muito diferente do que fazemos habitualmente.

Tínhamos de nos preparar para as coletivas de imprensa, e por isso era fundamental entender as regras dos esportes que iríamos traduzir no dia, bem como assistir às competições, para saber o que poderiam abordar  nas coletivas. Além de ler sobre o esporte, líamos também as biografias dos atletas, seu desempenho passado, enfim tudo o que pudesse ajudar a nos inteirar sobre o esporte,  as equipes e os atletas.

Às vezes também traduzíamos as coletivas do COI , e aí era preciso estar antenadíssimo com os últimos acontecimentos, tipo o incidente com Ryan  Lochte e os nadadores americanos e a venda de ingressos por parte de um membro do COI.

Resumindo, foi um trabalho diferente e estimulante, mas não menos difícil. Muitas vezes as coletivas eram interpretadas com tradução consecutiva (o orador fala, o intérprete toma notas e aí repete o que foi dito em outra língua), porque não havia cabines de tradução simultânea em todas as instalações, e portanto os intérpretes tinham de ser capazes de trabalhar nessa modalidade também. Mas foi muito divertido estarmos fora das cabines na maior parte do tempo, em arenas de ciclismo, no Sambódromo para o tiro ao arco, na Marina da Glória para a vela, na praia de Copacabana para a maratona de natação, nas arenas do  Parque Olímpico para o basquete e para o handebol e na Vila Olímpica para a coletiva da equipe médica. Adorei!

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